Em Agosto mais uma grande
conquista do nosso professor Luiz Gilberto: dois de seus poemas foram premiados
pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, no projeto Poesia na escola.
Quanto orgulho!
Agora aprecie:
HOLOGRAMA
Luiz Poeta
Luiz Gilberto de Barros
O que se perde, volta como a luz do dia,
Como a magia de uma lágrima que traça
Em cada rosto, um resquício de alegria,
E a fantasia nos sorri... meio sem graça.
O que se traça, nem sempre segue o trajeto,
Há no projeto sempre a possibilidade
De se partir em dois o corpo do objeto,
Quando o concreto flui da sensibilidade.
O que se ganha após a perda é um vazio,
Fruto do frio que se instala e movimenta
Em cada corpo, o sangue como a água do rio,
De leito frio, onde o vazio se alimenta.
O que se quer da solidão, é companhia,
A dor macia é como pétala que dança
Sobre o abismo sedutor da nostalgia ,
Quando a poesia faz do dia, a esperança.
A vida trança resistências solitárias...
E, arbitrária, nossa solidão requer
Bem muito mais que energias solidárias
Porque ela faz da nossa dor o que quiser.
O que se tem, quando se perde o que se ama,
É um holograma silencioso que projeta
Um tempo ausente, quando a solidão reclama
A outra metade, de uma vida... incompleta.
SOBREVIV...ÂNSIAS
Luiz Poeta
Luiz Gilberto de Barros
O melhor verso ou poema que se faça
Nunca exprime toda essência misteriosa
Dos sentimentos, e o lirismo acha até graça
Desses espinhos que protegem nossas rosas.
Se, num momento, um sorriso dissimula
O abandono, escondendo o que se sente,
No mesmo instante, a nossa angústia estimula
A dor que anula outro riso descontente.
A mágoa leva a dor do amor por onde passa,
O coração disfarça a dor, mas o olhar
Não nega a cor triste da dor que a vista embaça,
Quando essa dor, dentro do amor, nos faz chorar.
É sempre assim que um poeta sobrevive,
Surpreendido pela própria inspiração
Que, espontânea, sempre faz com que ele ative
A poesia livre do seu coração.
No fundo, tudo que um poeta não revela
É um pedaço de poesia escondida
Nos solitários labirintos que ele vela,
Quando ele sonha e reprojeta a própria vida.
Em 2011, nossos alunos, junto com o professor Luiz Gilberto, também foram premiados na Academia Brasileira de Letras. Confira:
Postado por
Unknown
às
08:44